Importação aérea: o que é e quais são as principais características?

Todos que trabalham com Comércio Exterior sabem que a falta de uma peça em uma máquina pode comprometer toda uma produção e até parar uma fábrica. Para que uma urgência

Todos que trabalham com Comércio Exterior sabem que a falta de uma peça em uma máquina pode comprometer toda uma produção e até parar uma fábrica. Para que uma urgência como essa seja atendida existe a opção de operacionalizar a chegada da carga ao Brasil utilizando a importação aérea.

Os motivos que ocasionam essa falta podem ser diversos, entre eles: a quebra da peça em si, o atraso do envio de peças de reposição e manutenção, problemas logísticos ocasionados por força maior – como a Covid-19 – e barreiras não sanitárias impostas por países importadores e exportadores.

No modal aéreo, que conta com a velocidade das aeronaves como meio de transporte, uma carga pode percorrer de um hemisfério a outro em menos de doze horas. Sem contar que a solicitação de reserva é muito mais rápida quando comparado com o modal marítimo.

Para conhecer mais sobre os segredos da importação aérea, continue por aqui.

O que é a importação aérea?

Importação aérea é o conjunto de operações que visam levar uma carga de um país a outro por meio de aeronaves. Essas operações incluem o transporte em si, mas também permitem:

  • o carregamento e descarregamento mais rápidos;
  • a possibilidade de fragmentação de cargas em embarques menores; e
  • a modalidade de remessa expressa, o courier (que apesar de ter sua própria regulação aduaneira, é transportado pelos ares).

Como funciona a importação aérea?

Em suma, a importação aérea pode ser feita por três formas, que são: o aéreo em avião de passageiro, o transporte em avião cargueiro – ambos são aviões de linha – e o transporte em avião fretado – este exclusivo para uma operação específica.

Cada modelo tem particularidades, que podem ser separadas da seguinte maneira:

PAX – passageiro: são cargas transportadas em porões de aeronaves cuja finalidade é embarcar pessoas e bagagens. A capacidade desta modalidade varia de voo para voo e está sujeita à quantidade de pessoas que embarcarão em cada trecho. Costuma ser a modalidade mais barata, no entanto, possui muitas limitações de peso e dimensões.

CAO – cargueiro: são aeronaves de linha, ou seja, com datas fixas de saída e chegada, que transportam apenas cargas. Essas aeronaves são excelentes no quesito “capacidade de transportar cargas pesadas” na importação aérea, além de conseguirem carregar cargas perigosas, inclusive armamentos. É uma opção mais cara do que a PAX, contudo, oferece bom custo-benefício.

CHARTER – exclusivo: é um voo fretado especificamente para determinada carga ou rota. Geralmente quem paga todo o frete é o contratante, ou seja, se a aeronave oferece 100 toneladas de capacidade, mas o requisitante precisa carregar uma tonelada apenas, de qualquer forma ele vai pagar pelo espaço inteiro. É a opção mais cara, porém, com maior flexibilidade.

Existem, ainda, maneiras de consolidar cargas em pontos específicos, chamados de HUBs, com o objetivo de unitizar pequenas cargas e transformá-las em cargas maiores, o que torna incrivelmente mais fácil a negociação por melhores preços com as companhias aéreas.

Como contratar a importação aérea?

Ao buscar um parceiro fornecedor de importação aérea, o importador precisa analisar, além do custo em si, quais atributos de segurança são oferecidos. Um bom exemplo para começar é verificar se a companhia possui a certificação IATA (International Air Transport Association), que funciona como uma conta corrente nesta instituição que regula o transporte aéreo de cargas no mundo.

Outra dica é procurar empresas que estejam habituadas a trabalhar com determinados nichos, visto que elas darão melhor suporte por conhecerem não apenas a logística, mas também o produto. É comum que empresas de determinados nichos, como o de frutas ou o farmacêutico, busquem empresas especialistas nessas áreas devido à complexidade da operação.

Vantagens e desvantagens da importação aérea

Assim como tudo na vida, a importação aérea possui desvantagens: o preço é o maior vilão, enquanto a velocidade é a maior aliada.

Nem sempre se chega a um denominador que atenda ambos, mas frequentemente as empresas conseguem equilibrar essa balança com planejamento e gestão de riscos.

Basicamente, se uma operação de importação marítima atrasou, não é necessário embarcar toda a carga no aéreo. É possível enviar parte dela em um voo para que a fábrica não pare e o restante seja mantido na programação pelos mares.

Vantagens

A velocidade é fator determinante para decidir se uma carga deve ser transportada no modal aéreo ou não. Uma carga urgente é um embarque marítimo que poderia ter sido feito antes de outra forma, portanto, se é urgente: alguém não fez o trabalho direito. Ainda existem os casos em que o produto em si exige velocidade por ter um tempo de vida curto.

Flexibilidade de embarque é também uma vantagem para o aéreo, visto que uma carga que está hoje na China pode chegar ao Brasil amanhã pela tarde.

Desvantagens

Preço logo será lembrado como desvantagem, porque a diferença entre o frete aéreo e o marítimo chega a ser de 1000% por quilo de carga importada. Dessa forma, se um quilo de metal for transportado no marítimo com frete de 1 dólar, esta mesma carga transportada no aéreo terá um frete de 100 dólares.

O risco de perda é um fator a ser considerado. Já que, por conta da velocidade, acontecem casos em que cargas são desviadas de suas rotas e nem sempre são encontradas.

Quais são os documentos e regulações da importação aérea?

Todo embarque de importação aérea tem seu conhecimento de carga. Ele é chamado de Airway Bill (AWB) e é transportado junto com a carga durante o voo.

Existem embarques coordenados por agentes de cargas, que emitem o House Airway Bill (HAWB), e embarques coordenados apenas com companhias aéreas, que emitem o Master Airway Bill (MAWB). Quando há envolvimento de ambos, a mesma carga terá estes dois conhecimentos distintos, contendo as mesmas informações.

As cargas aéreas precisam chegar ao Brasil com informação de peso, dados do importador e valor do frete, etiquetadas e acompanhadas do documento de carga original. Além disso, deve possuir detalhes de tipo de madeira, se ela está fumigada, se é madeira compensada ou até se não possui nenhuma madeira.

Qualquer falta ou omissão gera indisponibilidade de liberação da carga com a alfândega, até que o problema seja corrigido ou sanado.

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