Pagamento Internacional: o que é e quais os tipos

Não é novidade que para uma empresa se manter competitiva no mercado o investimento em novas tecnologias é fundamental, e uma das formas para tanto é importar peças ou produtos

Não é novidade que para uma empresa se manter competitiva no mercado o investimento em novas tecnologias é fundamental, e uma das formas para tanto é importar peças ou produtos acabados. A busca por fornecedores mundo afora não é tarefa fácil, tampouco rápida, pois além de demandar muito estudo e pesquisa, a confiança entre as partes envolvidas na negociação é primordial para o pagamento internacional ocorrer sem problemas.

Não basta encontrar alguém que esteja disposto a trabalhar por um preço justo, é preciso compreender de que forma você pode ter uma operação segura. Isso permitirá evitar que algo dê errado durante o processo.

Tratando-se de Comércio Exterior, as modalidades de pagamento servem para garantir a segurança da operação. Entretanto, cada forma de pagamento pode apresentar prós e contras para o exportador ou para o importador.

Nesse sentido, elaboramos este texto sobre as principais formas de pagamento para que você, importador, possa escolher a melhor opção antes mesmo de partir para a negociação.

O que é pagamento internacional?

O que o Banco Central do Brasil (BACEN) chama de remessa de divisas ao exterior nada mais é do que um pagamento internacional.

Depois de negociar o preço, a próxima etapa é a negociação da forma de pagamento. Contudo, como esta etapa envolve custos, é considerada um tanto delicada.

Quais os principais tipos de pagamento internacional?

São quatro os tipos de pagamento mais utilizados nas negociações internacionais. Vejamos os seus detalhes a seguir.

Antecipado (Payment in Advanced)

O pagamento antecipado é feito antes do embarque da mercadoria.

Dependendo do tipo de indústria, há muitos grandes players, donos de enormes plantas fabris espalhadas por todo o globo, que não querem perder tempo produzindo para receber um aviso de cancelamento na véspera do embarque.

Parece insano, mas não é raro vermos grandes exportadores com uma extensa política comercial repleta de medidas restritivas para as primeiras vendas. Colocar esse tipo de barreira para iniciar um negócio é uma forma de proteção, principalmente se o importador está localizado em um país politicamente instável, com riscos de conflito a todo momento.

É importante ressaltar que usualmente esse tipo de conduta não dura para sempre. À medida que o relacionamento vai se consolidando, outras formas de pagamento são oferecidas.

Obviamente esta modalidade de pagamento internacional é bastante arriscada para o importador, uma vez que este fica encarregado de enviar uma ordem de pagamento antes mesmo de ter certeza de que o embarque da mercadoria aconteceu.

Carta de Crédito (Letter of Credit)

Também chamada de letter of credit, a carta de crédito é regulamentada pela Câmara Internacional de Comércio (ICC).

Esta é a modalidade que oferece o menor risco para o negócio, pois envolve no mínimo três instituições bancárias para assegurar a operação por meio de garantias.

Na prática, o importador solicita a abertura de uma carta de crédito junto ao seu banco de preferência (banco emissor) a favor do exportador. Em seguida, um segundo banco é envolvido na transação com a finalidade de transmitir a abertura do crédito – ele é chamado de banco avisador e deve estar localizado no país do exportador.

Por fim, um terceiro banco – o banco confirmador – assume o risco de crédito do banco emissor e fica responsável por honrar o pagamento ao exportador, que pode ser feito de maneira direta ou por meio de outro banco. Se o processo envolver um quarto banco, este é chamado de banco negociador.

Independentemente de pagamento à vista ou a prazo, a carta de crédito tem validade de 90 dias e a finalidade de nortear as condições de venda.

Tais condições se resumem aos termos destacados na Carta de Crédito, que são exigências feitas pelo importador. Portanto, elas são determinantes para autorizar a operação do pagamento internacional.

Como se trata de condições específicas, esses termos variam desde o material da embalagem da mercadoria até a rota que será feita para transportá-la. Por exemplo, uma mercadoria não poderá passar por determinados países, mesmo que para isso estejam envolvidos fretes mais caros.

Além disso, é comum encontrar condições envolvendo a periodicidade de embarques. Isso significa que as cartas de crédito podem fazer parte da estratégia de suprimentos, sendo utilizadas como instrumento de apoio para controlar o abastecimento de estoque.

Cobrança documentária (Cash Against Document)

Assim como a carta de crédito, a cobrança documentária é regulamentada pela Câmara Internacional de Comércio e, por isso, é um processo globalmente padronizado.

Além de envolver mais de um banco, a cobrança documentária requer uma análise documental da mercadoria embarcada. Sendo assim, ao receber a confirmação do embarque por parte do transportador, o exportador se compromete em entregar todos os documentos ao banco remetente. Além disso, é preciso providenciar o saque, sendo essa uma responsabilidade do exportador.

Depois de obter os documentos e o valor do saque, o banco remetente emite uma carta de cobrança e a envia junto com os documentos a um banco correspondente, também chamado de banco cobrador.

Ao receber os documentos e o saque, o banco cobrador prossegue com a cobrança, solicitando formalmente que o importador faça o pagamento.

Diferente da carta de crédito, nesta modalidade nenhum dos bancos envolvidos assumem qualquer responsabilidade pelo pagamento, ou seja, eles atuam como meros intermediários financeiros.

​​Boleto Bancário

Esta é a modalidade de pagamento internacional mais prática e pode ser feita com a ajuda de uma agência de câmbio como intermediária.

De modo geral, o pagamento é feito conforme o câmbio do dia. Além do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), um imposto padrão referente a qualquer operação financeira. O custo da operação se resume a uma taxa referente ao serviço prestado, neste caso, a operação cambial.

Para pagamento internacional tenha sempre:
Dados bancários do exportador, como Código SWIFT (que identifica as instituições financeiras no mundo todo) e IBAN (International Bank Account Number);
Proforma Invoice ou Commercial Invoice;

Nome e telefone do gerente ou responsável pela mesa de câmbio do banco para sanar eventuais dúvidas relacionadas à forma de pagamento.

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